INTRODUÇÃO: Onde está Deus em nossas conquistas
diárias? Temos transformado em reconhecimento e honra aquilo que temos recebido
de Deus? A Festa das Primícias era uma das grandes festas celebradas por
Israel; esta era uma festa ordenada por Deus que deveria ser observada
anualmente (Ex. 23.14-16). Cada israelita deveria trazer a Casa Senhor o
produto ou o valor correspondente da primeira colheita ou produção do rebanho.
No caso de animais o primogênito deveria ser trazido ao Senhor, assim como todo
primogênito nascido de mulher também deveria ser consagrado a Deus. (Ex. 13.2).
1. UMA ABORDAGEM BÁSICA
SOBRE AS PRIMÍCIAS
MAS O QUE DE FATO SÃO
AS PRIMÍCIAS? - Elas
têm a ver com a qualidade daquilo que é primeiro, primazia, prioridade – a
primeira colheita e as primeiras crias. Todo primogênito, fosse de homens ou de
animais era apresentado na forma de primícias para Deus.
PORQUE DEUS REQUER AS PRIMÍCIAS?
- Em Ex. 13. 12-16
nos mostra que Deus requer as primícias por causa do livramento que proveu a
Israel ao tirá-lo do Egito, através da morte dos primogênitos, e os levou a
Terra Prometida. Quanto a nós cristãos, uma gratidão pela nossa liberdade das
garras do mundo e do pecado.
Na realidade da Nova Aliança, visto que fazemos parte do
Israel Espiritual segundo a fé, somos constrangidos por Deus em amor; pois Ele entregou
o seu filho unigênito e primogênito (sua primícia) por nossa libertação.
Sendo assim, Jesus é a Primícias dos que nascem de novo (I
Co. 15.20), pois através de sua morte e ressurreição fomos levados a morte para
este mundo e ressuscitado para Deus (Rm. 6.4; Ef. 2.6); com isso recebemos a
garantia de que também iremos ressuscitar em glória. Através desse ato redentor
de Deus somos chamados de primícias deste mundo para Ele (Tg. 1.18; Ap. 14.4).
É dessa forma que somos convocados a entregar ao Senhor as
primícias de tudo o que temos recebido, pois Ele nos libertou do cativeiro do
pecado e nos trouxe para a sua terra prometida, a igreja, a eternidade, a Jerusalém
celestial.
Assim como no contexto da Festa das Primícias, todos eram
exortados a “... não comparecer perante
Ele de mãos vazias (Ex. 25.2; 34.20), assim cabe a nós fazer a mesma
pergunta feita pelo profeta Miquéias “Com
que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus Excelso?”(Mq.
6.6). É por isso que a primeira porção de todas as coisas pertence ao
Senhor nosso Deus.
2. ALGUMAS BASES
BÍBLICAS SOBRE O PRINCÍPIO DAS PRIMÍCIAS
Primícias são os primeiros frutos, a
prioridade, aquilo que se traduz em honra, amor e gratidão. Devemos demonstrar
um esforço em amor para trazermos as primícias a Casa de Deus.
“[...] e eram aqueles
dias os dias das primícias das uvas” (Nm. 13.20b).
Deus se agrada das nossas primícias assim como se agradou das
primícias de Abel e detrimento a má qualidade da oferta de Caim (Gn. 4.4-5).
3. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
IMPORTANTES SOBRE AS PRIMÍCIAS
a) PERGUNTA: PARA ONDE DEVEMOS
TRAZER AS PRIMÍCIAS?
RESPOSTA: AS
PRIMÍCIAS DEVEM SER TRAZIDAS A CASA DO SENHOR.
“As primícias dos
frutos da tua terra trarás à Casa do Senhor, teu Deus” (Ex. 23.19ª).
b) PERGUNTA: QUANDO DEVEMOS
TRAZER AS PRIMÍCIAS?
RESPOSTA: NO
COMEÇO DE UMA PRODUÇÃO, PODE SER MENSAL OU ANUAL
“E que também traríamos
as primícias da nossa terra e todas as primícias de todas as árvores
frutíferas, de ano em ano, à Casa do Senhor” (Ne. 10.35).
OBS. Em Israel, algumas primícias, por serem de produtos
perecíveis, podiam ser vendidas, e seu valor guardado para ser levado
posteriormente.
4. PRIMÍCIAS, DÍZIMOS E
OFERTAS: TRÊS PRINCÍPIOS COM IMPLICAÇÕES DIFERENTES
As Primícias são diferentes dos Dízimos e das Ofertas, e tem
conseqüências diferentes.
Assim como o Dízimo e as Ofertas são ordenados por Deus, as Primícias
também são; mas, existem algumas diferenças entre os três princípios. Vejamos:
a) PRIMÍCIAS: Como o nome já sugere, são os
primeiros frutos de uma área agrícola; primeiros produtos de uma pecuária;
primeiras unidades de uma linha de produção; o primogênito; primeira porção de
todas as coisas – isso pertence ao Senhor nosso Deus.
b) DÍZIMOS: Valor determinado por Deus, como a
décima parte de todos os rendimentos; uma ordenança de Deus que estabelece o
valor e o percentual daquilo que é de Deus, mas, está embutido em nossas rendas
periódicas.
c) OFERTAS: Uma contribuição voluntária, cujo
valor é determinado pelo próprio ofertante, baseado em seu reconhecimento e
amor para com aquele que recebe a oferta. Uma oferta de valor para Deus é
aquela que tem muito valor para nós mesmos.
“E depois que se
divulgou esta ordem, os filhos de Israel trouxeram muitas primícias de trigo,
mosto, azeite, mel, e de todo o produto do campo; também os dízimos de tudo
trouxeram em abundância” (II Cr. 31.5).
5. PROMESSAS PECULIARES
ÀS PRIMÍCIAS, AOS DÍZIMOS, E AS OFERTAS.
“Ainda no mesmo dia, se
nomearam homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos
dízimos, para ajuntarem nelas, das cidades, as porções designadas pela Lei para
os sacerdotes e para os levitas; pois Judá estava alegre, porque os sacerdotes
e os levitas ministravam ali; e executavam o serviço do seu Deus e o da
purificação; como também os cantores e porteiros, segundo o mandado de Davi e
de seu filho Salomão” Ne. 12.44-45. (Ver também Ez. 20.40 e Ne. 10.37).
A prosperidade divina
não abrange só finanças. O tripé da prosperidade bíblica é a bênção na família,
na saúde e nas finanças. As bênçãos dos princípios financeiros de Deus abrangem
estas três áreas.
Quais os benefícios de honra para quem é fiel nos Dízimos,
nas Ofertas e nas Primícias?
Vamos ver o que acontece através da fidelidade nos três
princípios mencionados acima, bem como as atitudes de nossa parte ao que Deus
determinou.
a) As primícias atraem as bênçãos de Deus sobre a
nossa família. Elas refletem nossa honra, gratidão e reconhecimento diante
d’Aquele que é a nossa fonte de renda - O Próprio Deus.
Ez. 44.30 “O melhor de
todos os primeiros frutos, de toda espécie, e de toda oferta, serão dos
sacerdotes, também as primeiras porções das vossas massas dareis aos
sacerdotes, para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa”.
b) Os dízimos atraem a proteção de Deus contra o devorador. Isto inclui a bênção de Deus sobre a nossa
saúde. Eles representam a nossa obediência e fidelidade, ao Deus que
prometeu abrir as janelas do céu sobre nossa saúde. Quando abrimos nossas mãos
para Deus, Ele abre as mãos dele para nós.
Ml. 3.11 “Por vossa
causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra, e a
vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos”.
c) As ofertas atraem uma colheita na área financeira. Elas representam a bênção de Deus sobre as
nossas finanças. Elas refletem a lei da semeadura e da colheita; não é nada
menos que uma semente que plantamos sabendo que como qualquer semente plantada
na boa terra vai gerar uma colheita.
II Co. 9.6 “E isto
afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia com
fartura, com abundância também ceifará”.
6. SE CONSAGRARMOS AS
PRIMÍCIAS O RESTANTE SERÁ SANTIFICADO-ABENÇOADO
“E se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz
é santa, também os ramos o são” (Rm. 16.11).
Devemos entender os princípios por trás da lei e da graça. Ao
ler estes textos bíblicos específicos sobre as primícias, tanto no Antigo
quanto no Novo Testamento, devemos entender que estes princípios se aplicam
tanto para quem viveu sob o regime da Lei, como para quem vive sob o regime da
Graça. Aplicam-se também a igreja, como se aplicavam ao Povo de Israel. Na Velha
Aliança eles foram dados na forma de Lei, mas eram princípios a serem praticados
em amor e não por regra.
Para os judeus as Primícias representavam um mandamento que
eles receberam do próprio Deus na forma de Lei. Eles deveriam consagrar a Deus
os primeiros frutos da sua agricultura, da pecuária e do próprio ventre de suas
esposas, o filho primogênito.
Para os cristãos, como Paulo escreveu aos romanos, as
primícias têm uma implicação espiritual na forma pura de um princípio que
reflete amor. Agora não devemos olhar para uma regra, para a Lei, mas, para
motivos espirituais; um princípio de honra que é devida ao Senhor (Pv. 3.9).
CONCLUSÃO: No final da mensagem distribuir os
envelopes das primícias para a igreja, e explicar que devem ser entregues nos
cultos até o mês de dezembro.
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